quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Não cabe mais, gente: Corpos-em-Experiência.

Daniela Leite e Jan Moura.


O presente ensaio é resultado da disciplina de Tópicos Especiais em Poéticas Contemporâneas, ministrada pela professora Doutora Maria Thereza de Oliveira Azevedo. Aqui, traçamos um olhar sobre a performance/composição urbana Não cabe mais, gente que experimentamos no 100em1dia[1], projeto que estimulou a realização de ações que, ligadas ao fazer artístico e social, ocuparam a cidade de Cuiabá no dia 3 de abril 2016.
Não cabe mais, gente é uma performance do in-Próprio Coletivo em parceria com a rede de pesquisadores-artistas[2] do grupo Artes Hibridas: intersecções, contaminações e Transversalidades coordenado pela professora Drª Maria Thereza Azevedo – ECCO UFMT, residentes na cidade de Cuiabá, no Estado de Mato Grosso – Brasil. A ação performativa se dá no espaço público e inicia quando um grupo de artistas estica um material plástico (filme PVC) transparente em volta de dois pilares com cerca de dois metros de distância entre si, formando uma faixa que compreende sessenta centímetros do solo até um metro e oitenta centímetros de altura. Um pequeno vão de aproximadamente trinta centímetros de largura, fechado nas laterais pelo plástico, aberto em seu limite superior e inferior. Isso forma um envoltório estreito, onde um a um, entram os performers. Quase sufocados, eles tentam se movimentar. Na ação é possível criar outros corpos com formas alteradas pela pressão exercida contra a estrutura maleável. As diferentes partes dos corpos retorcidas, amassadas e achatadas, permitem, por sua vez, outras percepções que servem de estímulos para a elaboração de imagens e, ao mesmo tempo, desdobramentos no pequeno e sufocante espaço. O programa permite experimentar na relação entre os corpos e a instalação outros estados de presença[3].
 Foto: Ricardo Santiago
Há que se registrar que, segundo Eleonora Fabião (2008) as ações performativas são Programas, já que descrevem um tipo de ação metodicamente calculada, conceitualmente polida, que em geral exige extrema tenacidade para ser levada a cabo[4]. Assim, um programa é um ativador de experiência, uma ação em si mesma. Ou seja, Fabião vê o programa como dispositivo gerador de ações performativas, pois “anunciam que corpos são sistemas relacionais abertos, altamente suscetíveis e cambiantes. São vias, meios”. (FABIÃO, 2008, p. 238)
No caso específico do evento 100em1dia em Cuiabá, a ação/instalação se deu numa manhã de domingo, em plena Feira Popular do bairro CPA II, mais especificamente num antigo ponto de taxi da região. Não sabíamos que naquele dia haveria um bingo numa lanchonete em frente ao local da ação. Por lá haviam mesas e cadeiras dispostas por toda a calçada e alguns jogadores que competiam por um prêmio anunciado: frango com farofa.
 Foto: Ricardo Santiago

Achamos prudente pedir licença para o narrador do bingo (um senhor que com muito entusiasmo e irreverência “cantava” os números do bingo) para ocupar em conjunto aquele espaço já que o bingo havia sido montado primeiro. Ao abordá-lo, contamos da nossa intenção em fazer uma ação no espaço próximo a rua, no ponto de taxi e ele assentiu com a cabeça, mas perguntou para que iríamos usar o espaço. Avisamos que se tratava de uma performance e pedimos que ele não anunciasse a ação no microfone, visto que se tratava de uma composição urbana e a antecipação do aviso interferia no nosso trabalho. Ele novamente concordou com a cabeça.
Enquanto aguardávamos a chegada de todos os integrantes, passávamos por visitantes da feira. Essa imagem foi logo desconstruída assim que sacamos o rolo de plástico filme da mochila e iniciamos o invólucro nas hastes do ponto de taxi. (Depoimento da Thereza Helena, performer em Não cabe mais, gente).

Foto: Ricardo Santiago


Depois que esticamos o plástico e criamos o invólucro, nos separamos e caminhamos pela feira por alguns minutos. Em seguida passamos a entrar um por um na estrutura formada pelas duas colunas transparentes. Dentro do plástico tínhamos a sensação que a temperatura era cinco vezes mais alta que o lado de fora. Visto lá de dentro as frutas na barraca de feira e as pessoas que se juntaram em volta pareciam deformados pela lente embaçada do plástico somado ao nosso suor. Experimentávamos movimentos de aglomerar nossos corpos em todas as restritas direções e possibilidades dentro do plástico. Até o momento insustentável em que tentamos alguns furinhos para respirar até romper o plástico e se perder entre os transeuntes na feira. O plástico fica abandonado por um tempo, como uma memória do que se passou.
Sufocante ver o sufoco. Os atores no turbilhão da travessia aquosa, quase sólida, invariavelmente trancados pelos próximos e pelos anteriores, metamorfose acelerada de espera num ponto de ônibus ou estação de metrô em horário de pico. É o andar pela cidade que é quase um brigar para os desfavorecidos que não dispõem das pistas largas do asfalto veicular e recorrem às calçadas e passarelas e faixas de pedestres apinhadas. Vê-los rasgar e atravessar o sufoco e respirar fundo é uma quase catarse de libertação – ainda que contida (Ricardo Santiago, observador e fotógrafo do Não cabe mais, gente no 100em1dia).
Não cabe mais gente pretende estabelecer uma relação, seja entre os performers ou mesmo com o ambiente, o locus da ação e, também, com os transeuntes. A performance se configura como um disparador para uma experiência, como indica Nicolas Borriaud (2009). Segundo o autor:
A possibilidade de uma arte relacional (uma arte que toma como horizonte teórico a esfera das interações humanas e seu contexto social mais do que a afirmação de um espaço simbólico autônomo e privado) atesta uma versão radical dos objetivos estéticos, culturais e políticos postulados pela arte moderna (BORRIAUD, 2009, p. 20).
Foto: Ricardo Santiago

A partir dessa ideia de interação, passamos a escutar os comentários dos transeuntes no entorno da performance.
Na medida em que esticávamos o filme transparente de um lado até o outro, os jogadores nos observavam interrogativos. Vendo que nossa ação chamava a atenção dos bingueiros, o locutor deu o seguinte recado: - Olha, o pessoal pediu pra não avisar que vai ter uma apresentação. Eu não vou avisar. Depois desse “desanúncio” os desavisados perguntavam se era propaganda do plástico e ouviam do pessoal sentado nas mesas que era um teatrinho. (Depoimento da Thereza Helena, performer em Não cabe mais, gente. Negritos nossos).
Os performers colocam seus corpos em contato direto com o corpo do transeunte, com a arquitetura urbana, mas o risco de sair dos espaços mais tradicionais, também subverteria uma forma tradicional da criação artística da cena? Estar em outros espaços, em outros roteiros, ampliar o contato com o espectador, que passa a ser não mais um voyeur de uma apresentação, mas agora um participante, seja questionando aquela situação, fotografando, filmando, tocando o plástico ou simplesmente estando ali, sendo provocador e provocado pela ação artística, subverte o cotidiano domesticado? Cria uma zona alternativa de experiência na urbanidade, longe dos processos cotidianos, automatizados e corriqueiros. E extrapolaria essa primeira impressão de “teatrinho”.
Como indica Thereza Helena, o comentário sobre o “teatrinho” feito por uma pessoa que acompanhava a ação nos chamou a atenção para a expectativa gerada pelo evento anunciado, já que, ao sair dos circuitos oficiais da arte, o teatro, a dança, a performance, as artes visuais, a música etc, carregam, além da vontade de testar outros espaços e materiais, um desejo de questionamento, de colocar o corpo em outras experiências possíveis.

Foto: Ricardo Santiago
Esse movimento contracorrente, a escolha, a busca por uma arte que interaja de forma mais intensa com a vida, carrega além de um interesse artístico uma atitude política. Silvia Fernandes (2010, p. 30), ao analisar a obra “Teatro Pós-Dramático” de Hans-Thies Lehmann, aponta para esse fazer teatral, como uma atividade com essência política, não só por seu conteúdo, mas por haver ali um questionamento sobre teatro dito tradicional, e não estar mais pautado no texto, mas na percepção, obrigando o seu espectador a ter um outro olhar, perceber de outra forma. Nesse sentido sua operação política seria a “introdução do novo e do caótico na percepção domesticada pela sociedade de consumo e pelas mídias de informação” (FERNANDES, 2010, p. 30).
A cena artística contemporânea tem demonstrado bastante interesse em experimentações que discutem a sua própria materialidade, apresentando obras que questionam os formatos tradicionais, experimentando outras dramaturgias, outros espaços, processos diferenciados de criação, saindo dos espaços tradicionais de apresentação, indo na contramão dos circuitos ditos especializados da arte (teatro italiano, galerias de arte, museus etc), talvez em busca de retomar uma arte que já foi misturada com a vida cotidiana, e que em algum momento se separou dela. Talvez a busca pela perfeição extrema, seja da própria obra em si, como a construção de um espaço privilegiado e perfeito para sua fruição, deu a arte um prestígio que muitas vezes a afastou do grande público, por uma longa trajetória de admiração, criou convenções e ritos de fruição da arte que, de certa forma, atrapalha ou dificulta o acesso de novas visões, isolando essa arte do cotidiano humano, separando-a da experiência real da vida. (DEWEY, 2010, p. 59)

Foto: Ricardo Santiago
Foto: Ricardo Santiago












O pesquisador argentino Jorge Dubatti (2007) considera que o teatro pode ratificar as questões macropolíticas da sociedade, reforçando hegemonias ou sendo um “teatro conformado”. Ou na contramão disso, pode criar “zonas de subjetivação alternativas”, a partir de uma micropolítica, fazendo o público rever sua posição na ação e exigindo um olhar diferenciado e atento para que, de fato, haja uma compreensão, mesmo que seja em outro nível, do sensorial ao invés do verbal:
La subjetivación teatral puede ser macropolítica o micropolítica. Puede producir una subjetividad que ratifica el statu quo y los imaginarios colectivos más extendidos y arraigados, un teatro del conformismo y la regulación social en la ratificación de la subjetividad macropolítica, es decir, la que se expressa en todos los órdenes de la vida cotidiana y sintetiza en los grandes discursos sociales de representación/ideología con un extendido desarrollo institucional (por ejemplo, la subjetividade del capitalismo o el neoliberalismo en la Argentina actual). En sentido contrario, el teatro puede constituirse en la zona de construcción de territorios de subjetividad alternativa, micropolítica, por fuera de la subjetividad y las representaciones macropolíticas (por ejemplo, las prácticas de los nuevos sujetos sociales de la postdictadura y su configuración – entre otras – en la poética del teatro comunitário). (DUBATTI, 2007, p. 162-163).
Dubatti (2007) considera então como micropolíticas, como oposição ou divergência às macropolíticas, os processos de criação, experimentação e apresentação da cena, do corpo em arte, que constituem como territórios alternativos, e estão militantemente posicionados contra a macropolítica e que aspiram ainda tomar seu lugar, propondo espaços autônomos de subjetivação. Nesse sentido o teatro é um ato ético, pois implica em um regime de associações e afecções para e na vida cotidiana, envolvendo toda a existência, criando poíesis no convívio (DUBATTI, 2007, p. 167).  
Para Dubatti (2007, p. 31), o teatro se manifesta como uma estrutura-matriz de acontecimento na cultura cotidiana, capaz de se inserir no meio e estabelecer relações periféricas, construindo espaços de comunhão com as outras artes e com a vida. O teatro acontece no espaço e no tempo da realidade imediata, pode criar situações que constituem nosso regime de experiência cotidiana em nosso mundo compartilhado:

El teatro es vivido, en principio, como algo que sucede en el ámbito de la cultura viviente. Ese es su primer rasgo de recurrencia: lo teatral sucede. Es un conjunto de hechos, es práxis, acción humana, trabalho humano (Marx), en las coordenadas espacio-temporales de la vida cotidiana. (DUBATTI, 2007, p. 31-32)
Cuando vemos teatro ejercitamos permanentemente la relación asimilativa y de contraste entre la experiencia cotidiana y el arte. Por su pertenencia a la cultura viviente y por el protagonismo de las acciones corporales (cuerpos vivos que generan con su propia materialidad la poíesis), el teatro está dentro del régimen de experiencia de la vida cotidiana, pero a la vez necesariamente se le opone: instala una deriva extracotidiana. (DUBATTI, 2007, p. 33)
Essas escolhas, ou tomadas de posição, frente a sua criação artística, e o modo como decidiu compartilha-las com o público, em especial as ligadas ao corpo em cena, conjugando tempo e espaço, possibilitam de maneira intensificada uma visão política, não só pelos conteúdos que carregam, mais por sua configuração estrutural, por seu caráter de espaço de reflexão e relação, de troca, de construção de uma estética partilhada (RANCIÈRE, 2005).
Para Medeiros (2011, p. 47), ações performáticas que são realizadas em espaços tradicionais (como bienais, museus, galerias, teatros etc), encontram um público mais preparado para a arte, mesmo que muitas vezes não tenham muita compreensão sobre a linguagem. Já na rua ela possui potência de surpresa, deslocando o espaço e modificando o tempo do transeunte. Encontram ali, aqueles que não ousariam entrar nessas instituições, seja por não sentirem confortáveis com isso, sejam simplesmente por não terem sido nem convidados.
O contato da performance na rua com o público do acaso, faz com que esses corpos sejam reprogramados. Acostumados com os fluxos tradicionais das ruas, e com as suas próprias questões, são de certa forma forçados a uma nova produção subjetiva. Os filósofos Guattari e Rolnik (1996) falam de uma produção de subjetividade capitalística, uma subjetividade que não é individuada, mas presente em todos os níveis da produção e do consumo, uma subjetividade social, formada por uma cultura de massa, que produz “indivíduos normalizados, articulados uns aos outros segundo sistemas hierárquicos, sistemas de valores, sistemas de submissão – não sistemas de submissão visíveis e explícitos (...), mas sistemas de submissão muito mais dissimulados” (1996, p. 16). Esse pensamento, proposto pelos autores, remete então a uma noção de subjetividade de natureza industrial, fabricada, modela, recebida, consumida, maquínica:
Tudo o que é produzido pela subjetivação capitalística – tudo o que nos chega pela linguagem, pela família e pelos equipamentos que nos rodeiam – não é apenas uma questão de ideia, não é apenas uma transmissão de significações por meio de enunciados significantes. Tampouco se reduz a modelos de identidade, ou a identificações com polos maternos, paternos, etc. Trata-se de sistemas de conexão direta entre as grandes máquinas produtivas, as grandes máquinas de controle social e as instâncias psíquicas que definem a maneira de perceber o mundo (GUATTARI E ROLNIK, 1996, p. 27)
Já Deleuze e Guattari (1996) afirmam que somos segmentarizados por todos os lados e por todas as direções. Somos programados e esquematizados em estratos que nos compõe. Trabalhar, criar, brincar, circular, o ato de viver está fechado em segmentações espaciais e sociais. “A casa é segmentarizada conforme a destinação de seus cômodos; as ruas, conforme a ordem da cidade; a fábrica, conforme a natureza dos trabalhos e das operações” (DELEUZE E GUATTARI, 1996, p. 83-84).
A performance Não cabe mais, gente constrói uma outra relação com seu público/participante, pautada na concepção dubattiniana de micropolítica, ou seja aquela que foge dos processos criativos tradicionais do corpo em cena e rompe ou tenta romper com essas operações capitalísticas, com a segmentariedade que nos compartimentaliza, ao propor outras formas de ação, ao descaracterizar o cotidiano automatizado, ao trazer outras operações. Traz uma provocação para que possamos enxergar outros modos de representação do cotidiano, ou um “aprender a habitar melhor o mundo”, criando uma experiência, uma estética relacional (BOURRIAUD, 2009, pág. 17), muito mais que uma relação voyerista de espectador frente à obra, o que é apresentado pode produzir uma subjetividade que ratifica o status quo e os imaginários coletivos mais hegemônicos e arraigados.
Foto: Ricardo Santiago
Essas formas que se colocam em fluxos diferenciados de criação, apresentação e posicionamento na vida cotidiana, criam uma experiência diferenciada, reaproximando a arte da vida cotidiana e alterando o que o senso comum entende por arte. Ela se mistura com o cotidiano, transformando os fluxos tradicionais de comunicação, forçando um outro olhar, criando de fato uma zona de subjetivação alternativa. As práticas performativas em espaços urbanos criam zonas de experiência micropolíticas (DUBATTI, 2007). A arte sai de seu patamar de obra intocável e se aproxima do cotidiano, passa a ser a experiência em si. Desse modo, a cidade se configura como um campo de experiências, pois permite e amplia a noção de proximidade, que para Bourriaud é o símbolo do estado de sociedade, pois permite o encontro fortuito e o acaso das relações, diferente de um estado de natureza que impedia qualquer encontro fortuito mais duradouro (BOURRIAUD, 2009, p. 21).
Costumamos entender a arte como uma obra física, frequentemente identificada com a construção de um livro, um quadro ou estátua, e distinta da existência humana. Para Dewey (2010, p. 59), a arte real é aquilo que o produto faz com e na experiência. Para o pesquisador, quando os objetos artísticos são separados das condições de origem e da experiência, constrói-se em torno deles um muro, separando arte e vida. Criar uma experiência real, aproximar a arte, o fazer estético no contexto urbano, rompe ou desmistifica essas separações.
O movimento dos performers em Não cabe mais, gente e, claro, de diversos outros artistas em outros espaços, ao extrapolarem os muros das instituições e circuitos tradicionais da arte e invadirem a cidade, o contexto urbano ou mesmo a própria ideia de performance, que rompe com a ideia de representação: o ser, o fazer e o mostrar, remetem esta arte a uma imbricação direta com a vida, reforçando a ideia de um possível patamar político da arte. Não o político pautado no conteúdo, mas na forma, no movimento, no ato de querer o contato, a relação. Estabelecer novos fluxos, romper com as estruturas hegemônicas de subjetivação capitalística. Ser experiência e reaproximar da vida.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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COHEN, Renato. Performance como linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2004.
DELEUZE, Gilles e GUATARRI, Felix. Mil Platôs : Capitalismo e Esquizofrenia. Vol. 1. Trad. Aurélio Guerra Neto, Célia Pinto Costa. Rio de Janeiro : Editora 34. 1995
___________. Mil Platôs : Capitalismo e Esquizofrenia. Vol. 3. Trad. Aurélio Guerra Neto, Ana Lúcia de Oliveira, Lúcia Cláudia Leão e Suely Rolnik. Rio de Janeiro : Editora 34, 1996
DEWEY, John. Arte Como Experiência. Trad. Vera Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
DUBATTI, Jorge. Filosofía Del Teatro I: Convivio, Experiencia, Subjetividad. Buenos Aires: Atuel, 2007.
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FERNANDES, Silvia. Teatralidades Contemporâneas. São Paulo: Perspectiva: Fapesp, 2010.
GUATTARI, E e ROLNIK, S. 1986 Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes.
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RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. Trad. Mônica Costa Netto. São Paulo: EXO experimental org. Ed. 34, 2005.
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_________________. O Inconsciente Estético. Trad. Mônica Costa Netto. São Paulo: Ed. 34, 2009.





[1] O 100em1dia é um movimento mundial que acredita na potencialidade da iniciativa criativa e nas habilidades dos habitantes da cidade para melhorar os modos de viver nela. Surgiu em Bogotá em 2012 e já se espalhou pelo planeta: Kopenhagen, Toronto, Milão, Montreal, Santiago do Chile, Genebra, Cidade do Cabo entre outras. No Brasil, Rio de Janeiro e Blumenau. Cuiabá foi a 3ª cidade brasileira e a 28ª cidade do mundo a realizar o 100em1dia. Disponível em: <http://100em1diacuiaba.org/100em1dia/>. Acesso em 23 jun. 2016.
[2] Participaram da performance Não cabe mais, gente os artistas: Daniela Leite, Jan Moura, Elka Victorino, Thereza Helena, Karina Figueredo e Felipe Vicentin.
[3] Conforme GUMBRECHT (2004), considera-se presença como um modo de estar no mundo, definido como uma cultura da presença em oposição ou complementar ao predomínio contemporâneo da cultura do significado. Apreender a “produção de presença” é apreender todos os tipos de processos nos quais se inicia ou se intensifica o impacto dos objetos ‘presentes’ sobre corpos. Uma “presença” é algo tangível, com o qual mantemos uma relação no espaço e que tem algum tipo de impacto sobre o corpo e os sentidos.
[4] A inserção da palavra-conceito “programa” na teoria da performance vem do texto “como criar para si um corpo sem órgãos” de Gilles Deleuze e Félix Guattari, onde se propõe que programa é “motor de experimentação” (Deleuze & Guattari, 1999, p. 12).

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